Mais atividade física, menos risco de obesidade em crianças e adolescentes

Publicação em parceria com o Desiderata (https://desiderata.org.br)

Nos últimos anos, o excesso de peso e a obesidade entre crianças e adolescentes têm se tornado um grave problema de saúde pública, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).  Eles afetam 32% da população de zero a 19 anos no país. Se essa realidade se mantiver, em 2030, o Brasil pode ocupar a quinta posição do ranking de países com o maior número de crianças e adolescentes com obesidade no mundo, de acordo com o Atlas Global da Obesidade Infantil.

Ao mesmo tempo, o interesse por soluções e meios de prevenir o excesso de peso e a obesidade também cresceu. Assim,  vale o alerta de que é importante buscar conteúdos em locais que contenham informações seguras e com rigor cientifico, como, por exemplo, as páginas do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Outra forma de obter informações adequadas é recorrer a profissionais de saúde habilitados, como nutricionistas, educadores físicos e médicos.

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No Brasil, desde 2022 existe um documento, desenvolvido pelo Ministério da Saúde e pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que tem o objetivo de orientar o atendimento de crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade na Atenção Primária à Saúde (APS). As recomendações envolvem múltiplos componentes, como alimentação, comportamento sedentário, atividade física, sono e saúde mental. 

Falando especificamente da atividade física, vale sempre reforçar que ela é uma forte aliada na prevenção e cuidado do excesso de peso e da obesidade infantojuvenil, por proporcionar gasto de energia. Além disso, promove interações sociais e com o ambiente. 

Na pandemia, a Organização Mundial de Saúde alertou para o aumento do sedentarismo em crianças e adolescentes, devido ao isolamento social e ao fechamento temporário das escolas e, atualmente, outro fator vem reduzindo a prática de atividades físicas neste grupo: o uso excessivo de telas. É um desafio também para as famílias, que precisam estar atentas e controlar o tempo que crianças e adolescentes passam em frente a tablets, computadores, celulares e televisão, incentivando outras formas de lazer e entretenimento.

A boa notícia é que não é necessário ter performance de atleta para sair do sedentarismo e sentir os benefícios à saúde. O Guia de Atividade Física para População Brasileira traz diversas orientações sobre a prática de atividades em diferentes fases da vida. Para crianças pequenas, até cinco anos, o recomendado são jogos e brincadeiras. O objetivo é que elas também se divirtam. 

Para crianças maiores e adolescentes, é possível acrescentar atividades como dança e esportes. O ideal é poder escolher uma atividade que seja prazerosa, colaborando para o comprometimento e o bem-estar.

 Ações cotidianas também podem ajudar a combater o sedentarismo e a obesidade infantojuvenil. Caminhar para a escola, correr, brincar, pedalar e passear com animais de estimação são alguns exemplos. Quanto mais movimento, melhor! 

E, além das atividades físicas, para que a prevenção do excesso de peso e da obesidade seja realmente efetiva, crianças e adolescentes precisam de uma alimentação saudável, rica em alimentos in natura ou minimamente processados. É fundamental evitar o consumo de bebidas e alimentos ultraprocessados, que são ricos em açúcar, gordura, sal e outros aditivos químicos, como os refrigerantes e salgadinhos de pacote. Eles favorecem não só a obesidade, mas o surgimento de doenças crônicas como a diabetes e a hipertensão. O importante é aliar a prática regular de atividades físicas a uma boa alimentação para garantir um estilo de vida mais saudável hoje e no futuro.

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